A Rodovia BA-099 conhecida como Estrada do Coco/Linha Verde, com 191 km, liga o município de Lauro de Freitas à divisa da Bahia com Sergipe. A estrada tem início nas imediações do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, cortando os municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, entre outros.

 

A rodovia Linha Verde (BA-099), via onde se localiza as áreas dos Passivos Ambientais estudados, entre o km 115+200 ao 189+000, está sob administração da Concessionária Litoral Norte (CLN).

 

Foram avaliadas as condições físicas, naturais e técnicas aplicadas no contexto da construção da rodovia, bem como o estado em que as áreas dos locais dos Passivos Ambientais se encontravam quanto ao nível de erosões, instabilidades, insuficiência ou ausência de sistema de drenagem, falta de revestimento vegetal e assoreamento de cursos d’água.

 

A não-recuperação dessas áreas causou danos irreparáveis tais como: erosão nas saídas do sistema de drenagem que pode evoluir para ravinas ou mesmo voçorocas, até atingir a rodovia; erosão longitudinal ao longo do acostamento e bermas; erosão em sulcos nos taludes de cortes e aterros; escorregamentos superficiais devido à inclinação acentuada dos taludes de corte, tipo de material, deficiência no sistema de drenagem superficial e o assoreamento de cursos d’águas existentes nas proximidades.

 

Tendo a caracterização das condições dos Passivos Ambientais identificados, foi previsto um conjunto de soluções de engenharia e bioengenharia visando a resolução, em curto ou longo prazo, dos problemas ambientais causados pela implantação da BA-099 e pela falta de monitoramento ao longo dos anos pós a sua construção.

 

O Projeto consistiu na elaboração de estudos para o desenvolvimento de 14 Projetos Executivos de Soluções Técnicas para atender os Pontos de Passivos Ambientais, em conformidade com as legislações e normativas aplicáveis.Os trabalhos foram divididos em 8 etapas para cada Passivo Ambiental, a saber:

 

Etapa 1 – Levantamentos Aerofotogramétrico e Topográfico;

Etapa 2 – Estudos Geológicos e Geotécnicos (Sondagens e Ensaios);

Etapa 3 – Relatório de Análise de Causas e Efeitos dos Passivos;

Etapa 4 – Estudos Hidráulicos e Hidrológicos;

Etapa 5 – Elaboração de PRAD – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;

Etapa 6 – Projetos de Terraplenagem, Drenagem, Estabilizações, Contenções etc.;

Etapa 7 – Esquemas Construtivos;

Etapa 8 – Orçamento; Ressalta as dispersas disciplinas envolvidas neste trabalho: Aerofotogametria e topografia; Geologia e Geotecnia; Hidrologia e Drenagem; Terraplanagem; Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD; e orçamento.